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Aula: Reencarnação
Evangelizadora: Soraia Martins
Atividade de Integração
Expor que o grupo encontra-se em um navio, solicitando que todos ocupem seus devidos lugares, sentados em cadeiras, num círculo. A viagem inicia, eis que o evangelizador grita “Olá à direita”! - todos mudam de lugar no sentido da direita; depois “Olá á esquerda”! , para a esquerda; várias vezes, e mais raramente grita “Tempestade!” quando todos devem mudar de lugar atravessando o círculo. Continua a brincadeira por algum tempo.
ESSA ATIVIDADE REPRESENTA A INTRODUÇÃO AO ASSUNTO TRABALHADO
Sugestão para aplicação do conteúdo doutrinário
1o. Momento:
Continuando a atividade anterior, esclarecer que houve um naufrágio e passageiros e tripulantes foram divididos em 4 balsas. À deriva no mar serão conduzidos a reflexões baseadas no anexo 1
2o. Momento:
Foram salvos, foram resgatados, contudo, em troca de abrigo, foi lhes solicitado uma missão:
Estudar os seguintes textos e refletir sobre seu conteúdo
Grupo 1 à anexo 2 - Idéias Inatas
Grupo 2 à anexo 3 - Memória espontânea
Grupo 3 à anexo 4 - Regressão de memória
Grupo 4 à anexo 5 - Só a reencarnação explica
3 o. Momento:
Apresentar para os demais
4 o. Momento:
Refletir com os jovens que a reencarnação é oportunidade de aprendizado, assim, agora, irão re-programar sua volta ao continente como se fosse uma vida nova, uma nova reencarnação. Para tanto, individualmente, ao som de uma música suave responderão o anexo 6
5 o. Momento:
Encerrar esclarecendo que as respostas dadas serão indício tranqüilidade ou de que algo precisa ser mudado . O quê?
6 o. Momento: ( atividade complementar, caso haja sobrado tempo)
Cantar a música “Epitáfio” da banda Titãs
Tempo
15 ´ à Atividade de integração
15 ´ à 10. momento
20 ´ à 20. momento
20 ´ à 30. momento
15´ à 40. momento
05 ´ à 50. momento
05´ à 6º. momento
Material
Aparelho de som - COM PILHAS
Cd com música suave e “Epitáfio”
Cadeiras
Cópias do anexo 1,2,3,4 e 5 para os grupos
Cópias do anexo 6 para todos, individuais
Canetas ou lápis
ANEXO 1
1- Temos sabido aproveitar a oportunidade reencarnatória?
2- Temos “aproveitado a vida” com saúde do corpo e nobreza da alma?
3- Caso desencarnemos nesse episódio, nos sentimos prontos para o retorno ao mundo espiritual?
4- O que deixamos de fazer e que poderíamos ter feito?
5- Dissemos todos os “Eu te amo” que deveríamos?
6- Agradecemos e ou reconhecemos a dedicação de pais, amigos, professores?
Temos consciência e gratidão pelo alimento, pelo lar, pelo vestuário mesmo que modestos?
ANEXO 2 - idéias inatas
Esta foto tirada há poucos meses, reproduzida por vários jornais da América do Norte e também do Brasil (Brasília, Pernambuco, etc.), aparece o menino mexicano de 6 anos, Maximiliano Arellano, fazendo uma palestra (durou 45 minutos) sobre Osteoporose, na Universidade Autônoma do México, para os médicos. Na foto vê-se o auditório lotado por médicos (de roupa branca) ouvindo atentamente a preleção de Maximiliano. Como o púlpito era muito alto, ele teve que subir numa cadeira. Sua prematura memória e conhecimento eclodiram aos 2 anos, mas sua mãe, Sra. Alejandra de Noé, além do interesse do filho por ciência médica, esclareceu que ele tem também passatempos de crianças comuns (video game, natação, etc.). Maximiliano já fez palestra até sobre Anatomia Cardiovascular. Os pais (nenhum deles é médico; ele tem um irmão de 10 meses) estão em entendimento com a diretoria da citada Universidade para tentar incluí-lo nos cursos da mesma. O diretor da Faculdade de Medicina, Roberto Camacho, disse que Maximiliano fala de Fisiopatologia com o linguajar de um residente. Este fato interessa muito aos espíritas, pois idéias inatas são indício de um conhecimento espiritual anterior. Não há como explicar que Maximiliano, de 6 anos, possa fazer palestra para médicos na Universidade, senão admitindo que ele tenha adquirido conhecimentos em vidas passadas. Bom que se diga que isto nada tem a ver com genialidade, mas apenas que seu conhecimento anterior está se manifestando precocemente. Se o diretor da Faculdade reconheceu que Maximiliano fala com linguajar de um residente; então seria o mesmo que um residente fazer palestra na Universidade, o que nada teria de estranho. Mas, no caso, quem está palestrando é um menino que revela conhecimento de adulto. Se ele não for estimulado a desenvolver seus conhecimentos, invariavelmente ocorre que quando vier a fase adulta acabará toda a curiosidade, pois o seu conhecimento será o mesmo de um residente de Medicina.
De qualquer forma, fatos como este servem para que vejam os que têm olhos de ver!
ANEXO 3 - memória espontânea
Vejamos a seguir um caso extraído do livro VIDA PRETÉRITA E FUTURA – um impressionante estudo sobre a reencarnação do Dr. Banerjee.
CASO DE REENCARNAÇÂO NA TURQUIA
Dentre os muitos casos de reencarnação que tenho estudado, merece ser mencionado aqui o de um menino turco, de quatro anos de idade, que, de repente, começou a falar sobre sua vida anterior e descreveu-a com impressionantes detalhes. Quando levado ao local do seu nascimento anterior, não apenas localizou a casa em que morara a pessoa, com quem ele se associava, como reconheceu os parentes e amigos daquela pessoa.
"- Estou cansado de morar aqui. Quero voltar para minha casa e meus filhos." Não se trata aqui do lamento de um velho, distante do lar, mas de uma criança - Ismail Altinklish.
Ismail nasceu em 1956. Seu pai trabalhava como comerciante de secos e molhados na cidade de Adana, Turquia. Já na idade de um ano e oito meses, ele balbuciava a respeito de sua vida anterior. Ismail afirmava que, numa outra vida, ele tinha sido Abeit Suzulmus, homem que fora assassinado. O menino tinha uma cicatriz de nascimento na cabeça, a qual, segundo afirmação da mãe, persistiu até 1962. Abeit Suzulmus fora morto por uma pancada na cabeça.
Abeit Suzulmus foi um próspero jardineiro que viveu em Bahchehe, distrito da cidade de Adana, Visto que sua primeira esposa, Hatice, não podia ser mãe, ele separou-se dela e casou-se outra vez. Teve muitos filhos com a segunda esposa, Sahida. Entretanto, Abeit continuou a dar assistência a Hatice, que vivia numa casa, na propriedade dele, perto daquela em que vivia com Sahida e seus filhos.
Abeit Suzulmus empregara muitos trabalhadores de uma outra cidade em seu jardim. Certo dia, por razões ainda não esclarecidas, os trabalhadores levaram-no a um estábulo, onde o assassinaram, espancando-o com uma barra de ferro. Ouvindo os gritos, Sahida e duas de suas crianças se precipitaram para o local da cena. Os assassinos também is mataram, e fugiram. Uma semana depois os criminosos foram capturados, julgados e condenados.
Ismail repetidamente pedia a seus pais que o deixassem visitar a casa de Abeit. A princípio recusaram, na esperança de que isso fizesse com que o menino esquecesse seus pedidos. Mais tarde, entretanto, a conselho de um amigo, Erol Erk, os pais acederam às solicitações do menino. Ismail, que na época tinha apenas três anos de idade, indicou a caminho para a casa de Abeit, que se situava aproximadanente mil e duzentos metros do local em que ele residia. Ao chegar, reconheceu, para espanto de. seus pais, que o acompanhavam, todas as pessoas.e objetos que foram familiares a Abeit. Subseqüentemente, uma das filhas de Abeit visitou Ismail. Após conversarem durante horas, ela ficou firmenente convencida de que ele era seu pai renascido.
Ismail pensava constantemente em sua antiga família. Isso tornou-se problema para os pais. Em certa ocasião, quando Mehemet Altiriklish, pai de Ismail, comprou algumas melancias, o menino quis a maior delas para dar à "sua" filha, Gulsarin. A recusa do pai levou Ismail a profundo choro. Na verdade, Mehemet não era homem rico e, naturalmente, não podia dar-se ao luxo de presentear a família anterior de seu filho.
Às vezes, Ismail comportava-se como um adulto, e seus pais acreditavam ser ele dotado de uma inteligência superior à das outras crianças. Também diziam que ele, escondido, tomava raki, bebida turca de forte conteúdo alcoólico. Abeit também era conhecido como grande apreciador de raki.
Um vendedor de sorvetes, de nome Mehmet, passou pela casa de Ismail. Quando este o viu, aproximou-se dele e perguntou-lhe se o reconhecia. O vendedor de sorvetes respondeu que não, então Ismail disse-lhe: "Você se esqueceu de mim. Sou Abeit. Antigamente, você vendia melancias e verduras." O homem concordou que ele estava certo e, depois de um longo papo com o menino, se convenceu de que estava diante de Abeit renascido. Quando Ismail percebeu que seu pai ia pagar alguns sorvetes que comprara, interferiu dizendo: "Não pague os sorvetes, pai. Ele ainda me deve dinheiro pelas melancias que lhe entreguei." Mehmet, então, confirmou que ele ainda estava em débito com Abeit.
O caso de Ismail será uma fraude? Ou não? Várias considerações vêm-nos à mente. Primeiro, temos que considerar que o caso ocorreu numa família muçulmana e os muçulmanos não acreditam na reencarnação. Segundo, a família de Ismail nunca quis dar publicidade ao caso. Ao contrário, eles sempre a evitaram. Na verdade, Mehemet Altinklish sempre considerou todas as investigações como uma intrusão descabida em sua vida particular. Além disso, ele e sua família estão sempre preocupados com a possibilidade de o menino retornar à sua família anterior.
Será possível que Mehemet Altinklish tenha feito uma trama com o menino para realizar uma fraude, visto que uma vez ele trabalhou para Abeit Suzulmus e conhecia muito a respeito da família dele? Esta hipótese pode ser descartada, porque, segundo informantes independentes, Mehemet não tinha conhecimento algum sobre os fatos mencionados por Ismail a respeito de Abeit. Nem tampouco a criptomnésia pode ser sugerida como uma explicação, porque ela não justifica as intensas emoções de Ismail ao reconhecer os membros da família Abeit.
ANEXO 4- regressão de memória
Vejamos a seguir um caso de regressão de memória em sessão de terapia relatado por PATRICK DROUOT, terapeuta transpessoal em Paris-França que tem uma larga experiência com a terapia de vidas passadas. Autor dos Livros Nós Somos Todos Imortais e Reencarnação e Imortalidade - Das Vidas Passadas às Vidas Futuras)
(...) Jean sai da floresta. O sol está se pondo no horizonte. Ele caçou o dia todo, como o faz habitualmente. É tempo de regressar à velha casa familiar, da qual percebe os contornos além das colinas. Ela foi construída no século Xll pelos seus antepassados, meio barões e meio salteadores, que retornaram da Terra Santa. Seus descendentes, pouco a pouco, ampliaram o solar.
Jean esporeia seu cavalo. Ele tem pressa em chegar. A contornar uma colina tem a impressão de ouvir um rumor proveniente da casa. Ele se aproxima. Distingue, agora, uma multidão ao redor da morada. Uma multidão excitada. Camponeses armados de forcados, constata Jean, que galopa a rédea solta, com os olhos cravados no que ocorre. A metade do pátio está invadida. Há corpos caídos por terra. Arrasta-se uma mulher pelos cabelos... O coração de Jean bate mais forte: é sua mulher que os camponeses maltratam! Eles a estão matando! Que pode ele fazer? Ele está só. Os poucos homens armados, que lhe restavam ainda há pouco foram mortos e os servidores que permanecem na casa são todos velhos. Pelo menos tentará salvar a sua pequena filha. Ele contorna a casa e deixa seu cavalo no meio da mata onde, escondida na vegetação, se abre uma passagem subterrânea que conduz ao castelo pela galeria, depois pelos aposentos do castelo, se apossa da menina em lágrimas e retorna pelo mesmo caminho. Lá fora ouve os gritos de sua mulher e da multidão enraivecida. Quando alcançam o ar livre, na mata, lá no pátio o drama terminara. A mulher de Jean jaz sobre a relva, ensangüentada. Assassinada pelos camponeses em fúria, sem que ele nada tenha podido fazer. Dominado pelo ódio e pela tristeza, Jean vai a galope com sua filha até o refúgio num castelo vizinho e amigo. Organiza-se uma expedição, a fim de encontrar os culpados, que foram punidos. Jean, além de perder a esposa que amava, era criticado pela filha. Ao longo do caminho durante a fuga dos dois, a filha gritava ser preciso procurar a mãe que não deviam salvar-se sem ela. Instalada no castelo vizinho, continuava a nutrir rancor e ressentimento ao pai. Mais tarde, já crescida, acusava-o de ter sido covarde.
Jean sabia que não se acovardara. Entretanto, não encontrava mais prazer na vida. Partiu para combater. Havia muito o que fazer no século XVI, agitado por guerras incessantes. Morreu como queria, alguns anos mais tarde, no campo de batalha, sempre guardando no coração a dor de ter perdido sua mulher.
No princípio dos anos setenta, ele a reencontrou assim com a filha. Perto de quatrocentos anos mais tarde. Jean e a mulher se reencontraram em Paris. Eram, então, Robert e Jeanne, se amaram e se casaram rapidamente. Ignoravam, é claro - em todo o caso conscientemente -, que já se haviam conhecido, até que Robert/Jeanne o descobre numa viagem nas vidas anteriores.
Isso é comum. As pessoas que se amaram no passado quase sempre se reencontram em outras vidas. Este é um dos aspectos emocionantes das pesquisas sobre as vidas passadas.
As pessoas com as quais você sente um elo poderoso em sua existência estiveram próximas numa (ou numas) outra vida. Podem ter sido parentes, amigos, amantes, mas se você sente uma ligação profunda com outro ser, se essa pessoa é como um prolongamento de você mesmo, há grandes possibilidades de que se tenham
amado, vivido, caminhado, sofrido e rido juntos, em outro tempo, em outro lugar, sob outra forma física. O amor é uma vibração fundamental a mais poderosa do Universo. É ele que faz girar os astros, subir a seiva nas árvores e desenvolver as crianças. O amor é infinito e eterno. Da mesma forma é o amor que une dois seres humanos: assim foi e assim será. Nem o tempo, nem o espaço, nem a morte podem separar aqueles que se conheceram e continuam a se encontrar através dos séculos. Todos os que, em estado de expansão de consciência, revivem uma união antiga com o companheiro ou companheira na vida presente, sentem e exprimem, com vigor, o quanto este amor encarnado é pálida cópia da comunhão entre suas almas no mundo do além.
O contrário também ocorre. Lembro-me de um casal do leste da França. Estavam casados há dez anos. Tinham dois filhos e viviam, desde que se conheceram, uma curiosa relação de "ódio-amor". Eu os conduzi a uma regressão em comum nas vidas passadas, o que faço muito raramente, na qual reencontraram uma vida na Roma antiga, onde se amavam. Ele era nobre e ela sua escrava. Ele a seduzira e, dessa relação culposa, nasceu uma criança que acabou sendo jogada num poço, pela própria mãe. Ignoro quantas vidas comuns teriam vivido juntos desde Roma, mas é óbvio que restava, entre eles, seqüelas do primeiro encontro. Compreender o fato ajudou-os a superar os efeitos negativos dessa relação, aprofundando os laços que os uniam.
Alguns seres que se amaram e se magoaram no passado continuam a se magoar hoje em dia. É que ainda precisam aprender e compreender, a fim de evoluir. Outros atingiram juntos o ponto do não retorno. Estes aprenderão alhures, ao lado de outros seres, o que é a vibração essencial do Amor. Outros, ainda se procuram. Mas todos, seja qual for o caminho particular e o estágio de evolução, são chamados a superar seus medos para aprender a amar. É esse o objetivo da nossa existência, e é a procura do amor incondicional que nos induz a renascer continuamente, revestindo-nos, sem cessar, do corpo humano. A maior parte das pessoas não tem consciência disso. Entretanto, muitos procuram desesperadamente o sentido da sua existência.
ANEXO 5 - só a reencarnação explica
As anomalias congênitas são singularidades que desafiam a compreensão humana acerca da justiça divina. Não obstante, a doutrina da reencarnação esclarece estes e outros fatos, compatilizando a noção da perfeita bondade e justiça de Deus com a existência da dor e a natureza das desigualdades. Gêmeos unidos, chamados genérica e imprecisamente de xifópagos despertam a atenção de todos, bem como conjecturas nos que já compreendem a reencarnação como o mecanismo necessário para o contínuo progresso dos Espíritos.
Tais casos constituem uma rara anomalia congênita, decorrente de falha no processo de desenvolvimento embriológico. Aparecem somente em gêmeos homozigóticos, isto é, originários de um único ovo, o qual decorre da união de um espermatozóide com o óvulo materno.
Conforme o local em que persiste a união, nos fetos e nascituros, recebem o nome de craniópagos (no crânio), tocacópagos (no tórax), isquiópagos (no quadril) e xifópagos (no apêndice xifóide). A maior frequência reside nos toracópagos (40 por cento), vindo logo a seguir os xifópagos propriamente ditos (34 e quatro por cento). A incidência dessas anomalias ocorre na proporção de um caso para cada 50.000 a 200.000 gestações.
As causas ainda não estão estabelecidas. Dentre outras, levantam-se as hipóteses de fatores genéticos e fatores teratogênicos, como drogas, toxernia, idade e nutrição materna, possíveis doenças da mãe, etc.
Na Bahia, vamos encontrar um caso peculiar deste gênero, as irmãs Nadir e Juracir, tinham duas cabeças, duas caixas toráxicas, quatro braços, duas pernas e um só abdômen e nutriam violenta ojeriza uma pela outra, o que certamente contribuiu para o agravamento de suas dívidas.
Outro caso, mais recente, é o das irmãs Blazeck, que nasceram tendo um só reto, uma só vagina e úteros separados. Rosa, uma das irmãs, concebeu, teve gestação normal e veio a dar a luz na época certa. A outra irmã, Josefa, não sentiu dores durante o parto, mas tal qual a sua gêmea, teve apojadura (afluência de leite aos seios).
EXPLICAÇÃO ESPÍRITA
Do ponto de vista reencarnatório, que razões levariam a justiça divina a permitir tais hediondas aberrações? Por que estes seres necessitariam permanecer jungidos biologicamente, compartilhando órgãos e funções orgânicas, o que é de mais íntimo e pessoal no espírito encarnado?
As respostas poderiam ser diversas, porquanto tal experiência poderia servir para educar os espíritos em inúmeras circunstâncias. De uma maneira geral, como nos elucida "O Livro dos Espíritos" (questões números 211, 212 e 213), a gemelaridade é aproveitada pelos espíritos muito afins ou simpáticos (no caso dos siameses, é claro, a experiência é uma prova ou expiação de rude aspecto que ambos aceitam cumprir juntos), ou, contrariamente, o fenômeno pode ser recurso extremo para promover a reaproximação entre espíritos muito antagônicos entre si.
Assim, é natural que se conclua serem os gêmeos unidos reencarnações expiatórias, resultantes de aversões e ódios seculares. Aqui a simbiose orgânica e o mesmo patrimônio genético cuidam de harmonizar vibrações mutuamente aversivas. Estando num "mesmo barco" reencarnatório e compartilhando partes do corpo físico, os espíritos hão de acordar, sob pena de parecerem ou de se autodestruirem. De qualquer forma estão condenados a juntos permanecerem, pela vida e pela morte.
Outras razões possíveis seriam casos de espíritos que levaram a simbiose psíquica às últimas conseqüências, reparando agora, na carne, a patologia da função egoística ou, ainda, aqueles espíritos desprovidos de senso de limites, que invadiam patologicamente os limites e direitos naturais do próximo. Psicopatas insensíveis e destituídos de qualquer princípio ético estão incluídos nesta categoria.
Cada espírito tem o destino que merece, ou melhor, de que necessita, pois não é outra a finalidade da reencarnação senão o aperfeiçoamento espiritual.
E neste grande plano educacional, para a Humanidade, a dor, por enquanto, é indispensável recurso instrucional, despertando a Consciência individual e coletiva para os valores reais do espírito, consubstanciados nos princípios de ordem moral e na sabedoria que transcende a simples aquisição de conhecimentos intelectivos.
Fonte: Luiz Antônio de Paiva – Revista Espírita Allan Kardec
ANEXO 6
Programa reencarnatório do(a): .............................
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