quarta-feira, 30 de junho de 2010
FILHOS PERFEITOS - RICHARD SIMONETTI
FONTE:http://www.richardsimonetti.com.br/artigos/filhos_perfeitos1.htm
Filhos Perfeitos
Os Espíritos evoluem sempre.
Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem.
A rapidez do seu progresso, intelectual e moral depende dos esforços que façam para chegar à perfeição.
Quando usamos a expressão perfeccionista, dependendo da entonação e circunstância, podemos estar exprimindo ácida crítica ou eloqüente elogio.
O homem diz:
– Minha mulher é uma perfeccionista. Incapaz de dormir se no quarto há uma gaveta ligeiramente aberta. As crianças e as domésticas vêem-se em papos-de-aranha com ela.
Está sugerindo que se trata de uma neurótica de carteirinha que perturba todos na casa com sua mania de limpeza e de ordem.
A secretária diz:
– Meu chefe é um perfeccionista. Nunca está satisfeito com meu trabalho. Obriga-me a alterar mil vezes o texto de uma correspondência, até deixar-me estressada.
Está anunciando que se subordina a um maníaco obcecado que quer levá-la à loucura.
Mas podemos também exprimir admiração por alguém, reconhecendo que procura dar o melhor de si.
– Aquele músico é um perfeccionista. Compõe poucas músicas, mas de harmonia irretocável.
– Aquele marceneiro é um perfeccionista. Enquanto outros fabricam vários móveis ele produz um apenas, mas será uma peça de arte, acabamento primoroso.
***
Bem, nem todos somos perfeccionistas, no bom ou mau sentido, mas, sem nenhuma exceção, somos todos perfectíveis, isto é, passíveis de aprimoramento contínuo.
Seres imortais, evoluímos incessantemente ao longo dos milênios.
Fomos:
• O princípio espiritual que animou vegetais…
• A consciência embrionária que agitou irracionais…
• O selvagem que disputava espaço com feras famintas…
• O homem medieval às voltas com guerras e disputas…
Somos o homem moderno, perplexo com as conquistas deste século, a enfrentar complexos desafios relacionados com o desenvolvimento tecnológico.
Assim iremos, de degrau em degrau, desenvolvendo potencialidades, aprimorando-nos moral e intelectualmente, crescendo em espiritualidade, rumo a glorioso porvir, transformando-nos em prepostos de Deus, partícipes da Criação.
Jesus é o guia maior.
Está aonde chegaremos um dia.
Esteve onde estagiamos hoje.
***
Aprendemos com a Doutrina Espírita que todo patrimônio intelectual, moral e espiritual que adquirimos é inalienável. Não o perderemos jamais. Será sempre o nosso passaporte para um futuro melhor.
Ninguém retrograda.
Mas, infelizmente, muitos se distraem, estacionam, atrasam-se…
Isso acontece quando as pessoas perdem o entusiasmo, quando deixam de olhar para dentro de si mesmas, quando desistem de aprender, de lutar contra suas imperfeições, quando se acomodam aos vícios e paixões.
Então marcam passo, vivendo na Terra como sonâmbulos.
Falam, ouvem, movimentam-se, mas têm a consciência adormecida.
Raros despertam por sua própria iniciativa.
Muitos só o fazem com o concurso da Dor.
E há os que insistem em permanecer adormecidos.
Competirá à morte, a grande ceifeira, a tarefa de renovar-lhes as disposições, despertando-os do sono voluntário.
Para não experimentarmos o constrangimento de constatar, quando chegar nossa hora, que fomos dorminhocos na Terra, seria interessante avaliássemos, diariamente, como anda nosso aprendizado.
Intelectualmente, quantos livros temos lido, que estudos temos feito, que experiências temos desenvolvido?
Moralmente, estamos melhores hoje do que ontem? Estamos contendo nossos impulsos inferiores? Cultivamos valores espirituais?
***
O Espiritismo deixa bem claro que não podemos perder tempo. É preciso caminhar, buscar novos horizontes, desenvolver potencialidades, ampliar conhecimentos, aprimorar sentimentos.
É importante, em nosso próprio benefício, que busquemos priorizar o desenvolvimento moral, procurando saber o que Deus espera de nós.
Como fazê-lo?
É simples:
A vontade de Deus está definida com perfeição, no Sermão da Montanha (Mateus, capítulo V):
Tendes ouvido o que foi ensinado aos antigos:
– Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
Eu, porém, vos digo:
Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei os que vos amaldiçoam; orai pelos que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos de vosso Pai que está nos céus, Ele que faz nascer seu Sol sobre bons e maus e faz chover sobre os justos e sobre os injustos.
Porque, se só amardes os que vos amam, que recompensa tereis?
Não fazem o mesmo os publicanos e os pecadores?
Se somente saudardes os vossos irmãos, que fazeis nisto de especial?
Não fazem o mesmo os gentios?
Sede, pois, perfeitos, como é perfeito vosso Pai celestial.
Ao abordar o mesmo tema, no capítulo VI, de seu Evangelho, Lucas situa uma expressão complementar de Jesus:
Sede, pois, misericordiosos, como vosso Pai é misericordioso.
Conciliando os dois textos, diríamos que Jesus situa a misericórdia como sinônimo de perfeição moral.
Ela se exprime na compaixão pelas misérias alheias, a capacidade de nos compadecermos do próximo, sem distinções ou discriminações, mesmo quando nos cause prejuízos.
Jesus foi o grande campeão neste particular, dedicando sua existência ao empenho por socorrer aos sofredores e necessitados de todos os matizes.
Compadeceu-se dos próprios algozes na cruz, pedindo a Deus:
Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem (Lucas 23-34).
***
É interessante notar que estamos todos tão longe da misericórdia, que nos surpreendemos quando vemos alguém exercitá-la com desenvoltura.
É como se fosse um ET, um ser de outro mundo.
Ficamos pasmos diante de uma Madre Teresa de Calcutá, pequenina, frágil, saúde precária… Não obstante, exerceu poderosa e benéfica influência sobre centenas de seguidores e admiradores.
Como o conseguia?
Simplesmente sendo misericordiosa.
Madre Teresa fez de sua vida um exercício de misericórdia. Viveu para servir, devotando entranhado amor aos pobres, doentes e sofredores de todos os matizes.
***
O Mundo assistiu emocionado, há algum tempo, às cerimônias que envolveram o sepultamento da princesa Diana, que o cantor Elton John chamou, inspiradamente, Rosa da Inglaterra, vela que se apagou breve, mas gerou a luz de uma lenda imortal.
Por que toda essa mística em torno dela?
Por que tanta gente chorando?…
Afinal, foi uma jovem comum, que teve seus sonhos, seus anseios, suas decepções e dores, suas fraquezas e limitações…
A resposta está em centenas de representantes de instituições filantrópicas, que foram convidados a acompanhar o cortejo fúnebre. Atendem a órfãos, a enfermos, a velhos, a aidéticos, a mutilados de guerra, que ela visitou, apoiou e beneficiou.
As imagens mais duradouras, que falam mais de perto a todos nós, não são dos paparazzi, envolvendo sua privacidade, mas aquelas em que ela aparece abraçando aidéticos, beijando crianças, acariciando anciãos, com espontaneidade e carinho.
Essas imagens nos dizem que ela foi alguém especial, que exercitou a misericórdia, caminho perfeito de nossa realização como filhos de Deus.
Por isso será inesquecível, como Madre Teresa de Calcutá.
***
Ouvi, certa feita, um pregador afirmar que somos todos criaturas de Deus.
Somente os que aceitam Jesus, segundo os princípios de sua crença, são filhos de Deus.
Pobre pregador!
Decorou o Evangelho mas não entendeu Jesus.
Todos somos filhos do Altíssimo, herdeiros da Criação.
Para entrarmos na posse de nossa herança e assumirmos nossa posição, falta-nos um único dom:
Que cultivemos a misericórdia!
Então seremos filhos perfeitos de Deus!
Livro Espiritismo, uma Nova Era para a Humanidade
terça-feira, 29 de junho de 2010
Ciranda da Vida
PROJETO BONS AMIGOS
CIRANDA DA VIDA
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Almério
Composição: Murilo Carmo
Vida
Quando tu convidas a girar
Os pés descalços
Fazem do asfalto a mais fina areia
Vida
Se bater vontade de chorar
Levo um sorriso
Impresso no meu corpo pela vida inteira
E ao chegar a hora de partir
Que eu parta a tristeza
E o pranto que escorre agora em mim
Leve embora toda a dor e faça florescer a vida...
Se a saudade vir me assombrar
Olho com orgulho
O passado pendurado no varal do tempo
Vida
Roda o mundo e faz girar
Muda todos os passos
Um salto é futuro
O outro é passado
Vida
Quando tu convidas a girar
Os pés descalços
Fazem do asfalto a mais fina areia
Vida
Roda o mundo e faz girar
Muda todos os passos
Um salto é futuro o outro é passado
Respondendo a 20 quesitos da refutação à Reencarnação
Por YESNO
As questões são do site católico com raízes da fundamentalista e sectária TFP.
01 – Se a alma humana se reencarna para pagar os pecados cometidos numa vida anterior, deve-se considerar a vida como uma punição…
O pressuposto está errado. Um espírito (prefiro este termo à alma para evitar ambiguidades) não reencarna para pagar pecados cometidos. Mas para repassar, reequilibrar-se, reajustar- se, aprender e evoluir. A analogia com uma escola é grosseira, mas não é imprópria. Alguns consideram repetir um ano escolar como punição, outros como um refazer direito; alguns consideram que pintar o que se pichou é uma punição, outros como uma lição. É uma questão de ponto de vista até.
02 – Se a alma se reencarna para pagar os pecados de uma vida anterior, dever-se-ia perguntar quando se iniciou esta série de reencarnações…
Parte do mesmo pressuposto equivocado anterior, pois que reaprender só parece punição para os que resistem e, como diz Sêneca, sofre mais quem vê sofrimento em qualquer dificuldade. E o começo, só podemos intuir, é o da simplicidade da criação. Aprender demanda esforço, disciplina, suor e até lágrimas. Há quem veja isso como sofrimento, outros como desafios. Quando é uma resposta insabida e até imprópria. Tempo, quando, onde são termos desta dimensão euclidiana. Deus não tem limitações de régua e compasso. Nem os espíritos superiores expressaram qualquer achismo sobre isso. É uma especulação inócua, infértil.
03 – Se a reencarnação fosse verdadeira, com o passar dos séculos haveria necessariamente uma diminuição dos seres humanos…
Uma interpretação de quem não leu Kardec ou não as entende (ou não quer entender) Ver Gen XI, 9. Isso é imaginar que a Terra é o centro do Universo e que só há espíritos aqui. Nem a Bíblia endossa isso e Jesus foi explícito: “Na casa de meu Pai há muitas moradas”. Uns espíritos vêm de outros orbes, semelhantes ou inferiores e até superiores, em missão, por exemplo.
04 – (…) Mas então, esse Deus criaria sempre novos espíritos em pecado?
Em pecado, não. Simples e sem conhecimento, ignorantes de si, iniciantes. Isso não é pecado. Esse termo, pecado, é característico dos dogmas, dos tempos e até da cultura. Novamente a falta do conhecimento espírita fica evidente.
05 – Se a reencarnação dos espíritos é um castigo para eles, o ter corpo seria um mal para o espírito humano…
Dar uma nova oportunidade é castigo? Numa analogia grosseira, quantas pessoas que, perdendo um emprego por desídia, não se sujeita a uma condição inferior e dá graças a Deus pela nova oportunidade? Muitos indivíduos ao sair de uma situação dolorosa (viciados recuperados é um exemplo) reconhecem isso e voltam aos mesmos lugares para ajudar outros a sair do abismo em que ele mesmo esteve metido. Isso é até uma escolha, um desafio, uma prova e um ato de caridade em que evoluem, para melhor, todos os participantes.
06 – Se a reencarnação fosse verdadeira, o nascer seria um mal, pois significaria cair num estado de punição, e todo nascimento deveria causar-nos tristeza.
Esta colocação vem das consequências do caminhar errado pelos conceitos anteriores. Renascer é recomeçar. Há dificuldades, muitos hesitam, alguns até desistem, mas é uma oportunidade. Tristeza é não ter oportunidades nunca mais de refazer, reaprumar-se. Tristeza é eliminar a palavra misericórdia e perdão dos atributos de Deus.
07 – Se a reencarnação fosse verdadeira, todo nascimento seria causa de tristeza.
Mas, se tal fosse certo, o casamento – causador de novos nascimentos e reencarnações – seria mau…
É a mesma colocação anterior. E que tal saber que o casamento propicia a outros candidatos a reencarnação a também ter oportunidades? E os pais seriam, agora, coadjuvantes do mesmo processo, já que, normalmente estão conectados, envolvidos atavicamente.
08 – As pessoas nasceriam de determinado casal somente em função de seus pecados em vida anterior. Tivessem sido outros os seus pecados, outros teriam sido seus pais. Portanto, a relação de um filho com seus pais seria apenas uma casualidade, e não teria importância maior. No fundo, os filhos nada teria a ver com seus pais, o que é um absurdo.
Será que é absurdo os termos de João 3:6-8 “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” e “O vento (ruah, o espírito) assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem”. Os filhos reencarnados retornam em função não de “pecados” mas dos compromissos. Não há acaso. Há objetivos. Os laços são afetivos, espirituais, não puramente genéticos. Isso é carne, como diz João.
09 – A reencarnação causa uma destruição da caridade. Se uma pessoa nasce em certa situação de necessidade, doente, ou em situação social inferior ou nociva – como escrava, por exemplo, ou pária – nada se deveria fazer para ajudá-la, porque propiciar-lhe qualquer auxílio seria, de fato, burlar a justiça divina.
É possível um pensamento tão tacanho? Dessa forma deveríamos deixar sangrando na pista alguém que em alta velocidade capotou o veículo por imprudência. Deveríamos deixar morrer todos aqueles que trocam tiros num entrevero policial, já que eles provocaram isso. Mais uma vez o detrator do espiritismo não leu o que critica. O espiritismo ensina que muitos dos que estão em uma necessidade, num sofrimento surgem em nosso caminho exatamente pelo nosso comprometimento com eles. E poderemos encontrá-los mais à frente. Não é nosso papel ser juízes dos erros alheios se ainda não tiramos as traves de nossos olhos.
10 – A reencarnação causaria uma tendência à imoralidade e não um incentivo à virtude. Com efeito, se sabemos que temos só uma vida e que, ao fim dela, seremos julgados por Deus, procuramos converter-nos antes da morte…
Quem diz isso é a religião do medo e do terror. Está tão superada que só os simplórios ainda a aceitam. Usando a mesma analogia do aluno que se deixa ficar em recuperação constante. Há alguém feliz entre eles? Não é um constrangimento sempre entre os amigos e familiares? Não fica ele atrasado? Não perde oportunidades? Não se entristece quando vê os seus amigos formados e noutros níveis?
Quando a consciência, o equilíbrio e a maturidade chegam, a imoralidade para quem a praticou é algo tão desagradável que, vendo uma oportunidade para sair, faria tudo por isso, não deixaria para depois. É tudo uma questão de estágio evolutivo de pensar. Perguntemos a uma prostituta se ela quer continuar na vida que leva, para sempre? A um menino nas umbrais da Febem se não gostaria de ter uma oportunidade séria, se verdade?
11 – Ademais, por que esforçar-se, se a recuperação é praticamente fatal, ao final de um processo de reencarnações infindas?
Pelo mesmo motivo já antes dito. Cada qual quer se formar antes, passar nos exames, por isso se esforçam.
12 – Se assim fosse, então ninguém seria condenado a um inferno eterno…
Inferno eterno não condiz com Deus infinitamente bom e misericordioso. E não condiz com os evangelhos quando lemos que “O Pai não quer que NENHUMA das ovelhas se perca” Mt 18:12-14. Como é que Deus pode QUERER algo e isso se dar diferente do que ele QUIS? E ainda “Não sairás dali (a prisão) ATÉ pagares o último ceitil.” Mt 5:25-26. Nesta última máxima, a preposição “ATÉ” intui que depois de pagar, sai da prisão.
Fogo eterno, maldições é do vocabulário humano, não do Deus Cósmico. Além disso, a noção de eternidade tem tudo a ver com a auto-consciência e com a dor e o sofrimento. Um segundo na dor, no sofrimento, na angústia é um tempo imenso, ao contrário do riso que passa rápido. Nossas medidas de tempo já foram relativisadas e comprovadas até pela matemática e física, não nos cansemos em redefini-las para nossa conveniência.
13 – Se a reencarnação fosse verdadeira, o homem seria salvador de si mesmo.
A questão é que confundem salvação como um prêmio, quando, salvação é um processo. Para o espiritismo não há salvação grátis, de presente. Entende e comprova que é verdadeira a frase evangélica: “A cada um segundo suas obras”. Uma expressão que se pode adequar à de salvação é a de não se precisar reencarnar compulsoriamente, o que não exclui as missões de auxílio. Assemelha-se ao que se dá com aquele que se forma e só volta à escola na condição de mestre, orientador, palestrador.
14 – Em consequência, a Missa e todos os Sacramentos não teriam valor nenhum e seriam inúteis ou dispensáveis. O que é outro absurdo herético.
Não desejamos confrontar os católicos em sua fé, quando sincera, mas não devemos tomar os símbolos como a essência em si. Quando Jesus exemplificou o “Este é o meu corpo, tomai e comei” era um simbolismo. A absorção do seu corpo por exemplos e atitudes. Não é no tomar a hóstia que O absorvemos.
Na medida em que entendermos o que está dito: “Deus deve ser adorado em espírito”, quando Jesus estiver representado por nossas atitudes, fraternidade, caridade e amor é que estamos em comunhão. O resto será simbolismo dispensável. Como diz Paulo: “Quando era criança, pensava como criança.”
15 – A doutrina da reencarnação conduz necessariamente à idéia gnóstica de que o homem é o redentor de si mesmo.
O homem é participante do seu destino. Não foi ele, o homem, que criou-se a si mesmo. É uma emanação de Deus. Tem parte com Deus. Aqui trata-se da relatividade dos entes. O homem sempre será homem e Deus, Deus. Como as dobras de um manto, como os nós e os pontos do tecido de Deus.
Quem se ofende é porque é vulnerável, tem orgulho a ser ferido. Não condiz com Deus. Se Deus se ofende é que é um Deus artificial. Os homens inventam vários conforme as conveniências. Há os que se vingam, se arrependem, misturam ódio com perdão. Um caos.
16 – Se o homem fosse divino por sua natureza, como se explicaria ser ele capaz de pecado?
Não foi o espiritismo quem inventou que um anjo preferido de Deus cometeu um pecado. Se Deus criou o homem é que sua origem é divina. E, pecado é uma elocubração dogmática, se não cultural. O mal decorre exatamente das interpretações que se lhe dão conforme os tempos e as atitudes. Não está na origem do espírito criado. É decorrência do seu desenvolvimento e das atitudes.
17 – É essa tendência dualista e gnóstica que leva os espíritas, defensores da reencarnação, a considerarem que o mal é algo substancial e metafísico, e não apenas moral. O que, de novo, é tese da Gnose.
O mal é o mal e o espírito, mesmo ignorante, sabe o que dói, machuca e faz sofrer. Quando toma consciência de si, da sua humanidade, quando enxerga seu irmão, sabe distinguir isso. Quando o pratica, logo entende que não é bom. Não há metafísica alguma nisso. Pura fisiologia e metabolismo intelectual.
18 – Se, reencarnando-se infinitamente, o homem tende à perfeição, não se compreende como, ao final desse processo, ele não se torne perfeito de modo absoluto, isto é, ele se torne Deus, já que ele tem em sua própria natureza essa capacidade de aperfeiçoamento infindo.
A perfeição ensinada pelo espiritismo é a da perfeição relativa. Assemelha-se a dividir um segmento de reta cada vez em sua metade. Chega à ponta? Mesmo que falte um átomo, chegará só a metade; se chegar ao núcleo, terá as partículas e mesmo lá terá que dividi-las pelos campos, pelas vibrações. Sempre faltará a metade. É bem material, mas… serve essa noção de infinito?
19 – A doutrina da reencarnação, admitindo várias mortes sucessivas para o homem, contraria diretamente o que Deus ensinou na Sagrada Escritura “O homem só morre uma vez” (Heb. IX, 27).
Essa citação está fora do contexto. Paulo disse isso quando explicava a busca pela espiritualidade, citando inclusive que os conhecimentos dos que ensinavam as doutrinas transitavam entre os rudimentos antigos e os rudimentos de Cristo. Entendia a dificuldade que tinham de compreender do que se tratava a ressurreição (“ressuscitam corpos espirituais” precisou enfatizar isso). É verdade, o homem-corpo só morre uma vez. Mas para refutar a reencarnação precisaria ter dito: “O homem só vive uma vez”, ou “O homem só nasce uma vez.”
Porém, aí contrariaria o Mestre quando disse: “Vos é necessário nascer de novo.” Ficamos com Jesus.
20 – Finalmente, a doutrina da reencarnação vai frontalmente contra o ensinamento de Cristo no Evangelho. Com efeito, ao ensinar a parábola do rico e do pobre Lázaro, Cristo Nosso Senhor disse que, quando ambos morreram, foram imediatamente julgados por Deus, sendo o mau rico mandado para o castigo eterno, e Lázaro mandado para o seio de Abraão, isto é, para o céu. (Cfr. Lucas XVI, 19-31)
Ela não diz que os “mortos” não podem consolar e orientar. Diz que é inútil àqueles que tendo conhecimento do bem, da moral e das leis às mãos, as ignoram.
Em pensando com radicalidade e, para sermos exagerados, Deus também poderia usar do mesmo argumento: “Para quê vou enviar meu filho para ensinar e ser crucificado se eles já têm as Leis, têm Moisés e os profetas que já enviei?” Ela é um exemplo de como criamos abismos pela negligência e maus procedimentos e, depois, queremos fórmulas fáceis de resolver.
O simples fato de tocar na comunicação entre os do lado de lá e nós outros, mostra que essa idéia era corrente e que a comunicação era possível. Ao contrário do que pensam os detratores, ela só reforça a realidade do intercâmbio espiritual e nem toca na reencarnação. Esta é só uma decorrência dessa realidade e do equilíbrio dos eventos humanos.
Para finalizar, muitos se apegam a que a reencarnação anula o sacrifício de Cristo na cruz.
O sacrifício de Jesus é visto pelo espiritismo como a doação máxima, o exemplo maior de entrega em favor da conscientização do próximo. Quando esse exemplo nos toca, nos transforma, nos faz melhores, fez efeito, não se tornou nulo; Quando, porém, é motivo de segregação, sectarismo, aprisionamento da verdade, é algema; Quando é apenas pintado em quadros, iluminado por velas ou reverenciado em cânticos, é só um retrato triste da insensibilidade e da incompreensão humanas.
Espíritos não tem registro em carteira nos Centros Espíritas; a mediunidade é tão expressiva no catolicismo que há mais exemplos lá do que no espiritismo; a reencarnação não é propriedade do espiritismo. As evidências processadas e pesquisadas principalmente por céticos e não religiosos comprovam-na como uma realidade em todos os segmentos e culturas, religiosos ou não.
A sua compreensão e aceitação poderia conduzir a todos a um melhor entendimento da vida e dos porquês dos sofrimentos e tormentos humanos, conduzindo-nos a uma fraternidade responsável mercê de uma visão mais ampla do ser humano.
Compreendendo a reencarnação, Deus tira as barbas brancas, desce do trono e nos abre os braços na imensidão de sua luz.
Hebreus 5:11-13
11 Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação; porquanto vos fizestes negligentes para ouvir. 12 Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento. 13 Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino.
Hebreus 6:1-3
1 Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, 2 E da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno. 3 E isto faremos, se Deus o permitir.
Fonte: http://duplavista.com.br/arquivo/respondendo-a-20-quesitos-da-refutacao-a-reencarnacao
quinta-feira, 10 de junho de 2010
FILME: O PÁSSARO AZUL
SIMPLESMENTE MARAVILHOSO!!
FILMES ESPIRITUAIS
Amigos,
Apresento aqui 20 opções de filmes espiritualistas que vocês poderão ver diretamente nos sites indicados!
fraterno abraço,
geraldo Valintim
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1 - O Pássaro Azul - Filme Completo - (Vídeo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/172>
2 - Em Nome de Deus - Filme Completo - (Vídeo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/171>
3- O Último Espírito - Filme Completo - (Vídeo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/170>
4 - Chico Xavier - Brilha Uma Luz no Horizonte - (Vídeo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/169>
5- Ressurreição - RARIDADE! - INÉDITO! - (Filme)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/168>
6 - Perda de Pessoas Amadas - Palestra de Nazareno Feitosa - (Vídeo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/167>
7 - Bezerra de Menezes: O Apóstolo da Caridade - Palestra Nazareno Feitosa -
(Vídeo) http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/166>
8 - Jacob Melo - Passe: O Magnetismo Espírita - Teoria e Prática - (Vídeo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/165>
9 - Frederico Menezes - A Transição do Planeta Após 150 Anos - (Vídeo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/164>
10 - Reencarnação - A Lógica Reencarnacionista - (Vídeo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/162>
11- Os Espíritos e os Efeitos Físicos - (Vídeo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/161>
12 - A Influência Espiritual - (Vídeo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/160>
13 - A Atitude Mental - (Vídeo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/159>
14 - Perturbação Espiritual - (Vídeo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/158>
15 - Sobre a Morte e o Morrer - (Vídeo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/156>
16 - Quando os Anjos Falam - (Filme Completo) - IMPERDÍVEL!!!
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/153>
17 - A Corrente do Bem - (Filme Completo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/151>
18 - Dr. Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito - (Filme Completo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/150>
19 - Chico Xavier - 1977 - 50 Anos de Mediunidade - (Vídeo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/149>
20 - Divaldo P. Franco - Evangelho e Vida - O Poder da Oração - (Vídeo)
http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/148>
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O Pássaro Azul
LINK DE ACESSO AO FILME: http://universoespirita.multiply.com/reviews/item/172
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Shirley Temple, a mais famosa menina prodígio de Hollywood, sensação dos anos 30 e 40, brilha também neste filme infantil, no papel da encantadora e corajosa Mityl. Sempre ao lado de seu irmãozinho Tyltyl (Johnny Russell), ela comanda as sucessivas aventuras que se desenvolvem, na maior parte, no mundo dos sonhos.
Embora com roupagem fantasiosa, O Pássaro Azul transmite grandiosas lições morais e descortina o Mundo dos Espíritos, em muitos aspectos, com fidelidade.
A procura do pássaro azul, símbolo da felicidade, se desdobra em várias etapas ou aventuras, sob a orientação e proteção de um bela jovem, Espírito iluminado, chamada Luz. Com a porta de entrada (simbólica) pelo cemitério, a busca se inicia no Passado ou na Terra da Lembrança, onde as crianças reencontram seus avós, já desencarnados, residindo numa casa confortável e alegre do Plano Espiritual. A avó, respondendo a uma pergunta da netinha, se estavam mortos, disse-lhe: “só morremos quando somos esquecidos na Terra.”
Numa segunda etapa, penetram na Terra do Luxo, com as recomendações de cautela da Mentora para que não se demorassem muito lá, onde poderiam ficar para sempre. Na mansão luxuosa, pela falta de calor humano, logo as crianças se desencantam e fogem. Com essa retirada, o velho anfitrião, que lá reside, desabafa: “Elas estão muito novas para se acostumarem aqui e nós já estamos velhos, incapazes de deixar esta moradia.”
E, na última etapa, sob a supervisão de Luz, as crianças sobem as escadas em direção ao Futuro... Surpresas, encontram um amplo salão com dezenas de crianças e jovens. Logo Mityl e Tytyl são reconhecidos como “crianças vivas” (encarnadas)... As “crianças mortas” (desencarnadas) lá estão, trabalhando e estudando, com “esperança de nascerem novamente.” “Temos que esperar nossa vez”, dizem. (Conforme nos ensinam Crianças no Além e Escola no Além, livros psicografados por Francisco C. Xavier.)
Um momento dramático: uma das meninas reconhece Mityl e Tyltyl como seus futuros irmãozinhos! Ela, então, afirma: “Acho que, dentro de um ano, serei irmãzinha de vocês. Mas, ficarei pouco tempo.” Um dos jovens, profundamente idealista, compara sua vida atual (“aqui somos livres, iguais e unidos”) com a terrena e pretende trabalhar pela melhoria da vida dos encarnados, mas argumenta que poderá ser incompreendido e, mesmo, destruído. Em face de seu elevado ideal, recebe palavras de estímulo da graciosa Mityl. Outra criança chora porque tarda muito sua volta à Terra, explicando que “meus pais não têm tempo para mim!”
Eis que uma porta do grande salão se abre, e surge um respeitável velho, de longas barbas, que passa a ler, num pergaminho, os nomes das crianças e jovens destinados a “descerem” (reencarnarem). Junto à porta, um lindo barco estaciona para recebê-los. A separação de um casal de jovens, que muito se amam, se faz com abundantes lágrimas e até com desespero da moça, que ainda permanecerá algum tempo no Além.
Após tantas aventuras, Mityl e Tyltyl voltam à crosta, com outra visão da vida, especialmente ela, profundamente renovada, sendo conduzidos até à porta do modesto lar de ambos, pela entidade Luz. Com palavras de esperança, esta conforta as crianças, que não queriam se separar de tão bondosa criatura, inclusive afirmando à menina: “estarei em cada bom pensamento de sua alma.”
Como vemos, neste resumo, o filme surpreende pelo conteúdo espírita. Até o belo barco de aparente fantasia, deixa-o de ser, ao lembrarmos da narrativa de André Luiz, no cap. 36 de Nosso Lar, FEB (comentada em Cidade no Além, IDE, cap. IV) e do Prefácio de Emmanuel para o livro Porto de Alegria, IDE, ambos psicografados por Chico Xavier.
No final, ao despertar no aconchego carinhoso do lar, Mityl recebe a lição inesquecível do pássaro azul...
EUA, 1940. Direção de Walter Lang. Com Shirley Temple, Johnny Russell. "Este foi um dos filmes mais lindos que já assisti até hoje. É para ver e rever diversas vezes. Espero que gostem do filme tanto quanto eu gostei, pois assisti no cinema no ano de 1977". (Rosana Madjarof)
terça-feira, 1 de junho de 2010
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